Para que seja compreendida a necessidade de um estudo na área marinha é importante ressaltar que cerca de 71% da superfície terrestre é preenchida pelos oceanos, o que pode ser representado em 361 x 106 Km². O volume médio das águas oceânicas chega, em números aproximados, a 1370 x 10 6 km³, com uma profundidade média de 3795m.
O início dos estudos marinhos se deu através das pesquisas de Eduard Forbes, considerado o pai da Oceanografia. Hoje Oceanografia e Biologia Marinha são ciências afins, porém apresentam algumas diferenças, enquanto a primeira estuda o ambiente marinho em sua totalidade, a segunda se ocupa apenas dos seres que compõe tais ambientes, bem como comportamento, relações e hábitos.
A Biologia Marinha se incumbe de pesquisar todas as características do ambiente marinho enquanto habitat de uma gama de espécies. As principais dessas características são salinidade, disponibilidade de nutrientes, profundidade, pH, iluminação, pressão, incidência de ondas e marés, além das relações interespecíficas, como predação e competição.
Os oceanos consistem no maior reservatório de seres vivos do planeta, e nesse conjunto encontram-se peixes, plânctons,zooplânctons, fitoplânctons, bentos, fitobentos, néctons, além de mamíferos, microrganismos e invertebrados marinhos. Os principais ecossistemas investigados pela Biologia Marinha são as praias, os recifes, as zonas costeiras, os manguezais, asplataformas continentais, as zonas profundas (abissais), os costões rochosos, os estuários e as planícies de ervas marinhas.
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